quinta-feira, 28 de maio de 2009

Regulação Poder Paternal (como eu não gosto de ouvir isto)

Aqui está um assunto sobre o qual eu não gosto muito de falar pelo motivo que todos sabem.
É um processo necessário, mas muito controverso. Deve-se ter sempre em conta os interesses e bem estar da criança, este é o ponto de partida e eu acho muito bem. É certo e sabido que sou apologista do facto da criança conviver com o pai, passar fins de semana, férias, etc com ele (por mais que isto custe), a separação foi dos pais não pai/filho ou mãe/filho, sim porque existem casos em que a criança é entregue ao pai, o que eu também acho bem porque, infelizmente, existem mães que só o são porque pariram a criança.
Mas, na minha opinião, antes de se regular seja o que for, deve-se ter em conta todos os aspectos da vida de cada interveniente. Uma pessoa não é obrigada a pagar toda a vida pelos "erros" do passado, mas o que é certo é que ninguém muda, pudemos adaptar-nos a uma determinada situação, mas o nosso EU a nossa personalidade, a nossa maneira de ser e estar mantém-se lá, guardadinha, guardadinha até o dia em que algo, alguém ou uma pequena situação a faz "soltar-se".
Devia-se sempre ouvir a criança, independentemente da sua idade, afinal para isso existem os psicologos, assistentes sociais, etc. E não me venham dizer que fazer uma criança de 2/3/4 anos passar por isto pode ser traumatizante porque os psicologos e assistentes sociais estudaram para isso e sabem como abordar uma criança sem deixar "marcas", acredito sim que seja traumatizante para uma criança maiorzinha, que já tem noção daquilo que se passa à sua volta, mas o processo só se torna traumatizante se exister qualquer tipo de pressão por parte dos pais, em que a criança sinta como se tivesse que escolher um dos dois, mas uns pais que fazem uma criança passar e sentir isso não são pais são sim umas bestas.
Depois da criança ser ouvida, segundo as suas vontades expressas faziam-se os acordos da regulação, e assim sim, teria-se uma regulação feitas com base nos interesses da criança.
No caso da menina portuguesa filha de mãe russa, será que ela foi ouvida? Será que os juízes decidiram segundo a sua vontade? Será legitimo entregar uma criança assim à mãe biologica ao fim de tantos anos de convivênvia com a familia de acolhimento, só porque a mãe a pariu e pensa que como tal a menina é sua propriedade e quem sabe porque talvez um belo dia acordou e lembrou-se "quero regressar à Rússia e levar a minha filha comigo?!?!" Será isto correcto? Terão pensado realmente nos interesses e bem estar da menina?!?! Li sobre isto num blog, desculpem mas não sei inserir o link :(, mas vale a pena tentarem descobrir o blog e lerem, pois vem lá bem explicito o significado de ser "mãe".

Decidi também expressar a minha opinião sobre este assunto

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